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Desenvolvimento infantil e exploração sensorial: conexão entre filosofia e educação
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A Teoria das Ideias, ou Teoria das Formas, desenvolvida por Platão na Grécia Antiga, propõe que as ideias existem em um mundo inteligível, fora do tempo e do espaço, e não no mundo material. Segundo essa perspectiva, os fenômenos e objetos do mundo seriam apenas cópias dessas ideias, imitações imperfeitas. 

 

Aristóteles, discípulo de Platão, discordou do mestre: para ele, a origem das ideias está na observação dos objetos, e somente depois de observá-los é possível formar uma ideia sobre eles. “Nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos”, disse o filósofo. Ambas as teorias continuam a influenciar a filosofia até os dias de hoje.

É perceptível, entretanto, que quanto mais experiências o ser humano vive, mais consciente se torna de si e do mundo ao seu redor. Por isso, essas experiências devem ser estimuladas já nos primeiros anos de vida, quando as crianças estão adquirindo novas competências em ritmo acelerado. Esse desenvolvimento não se dá apenas pela inteligência – embora fatores genéticos possam influenciar –, mas também porque janelas de aprendizagem se abrem no cérebro, que está em formação. São os chamados períodos sensíveis, como definiu Maria Montessori: fases em que a criança está particularmente receptiva e motivada a aprender e praticar certas habilidades.


Segundo o educador Rudolf Steiner, essa abertura é característica do primeiro setênio, um período de sete anos, que marca etapas importantes do desenvolvimento infantil. Essas fases direcionam o interesse da criança pelo ambiente: ela aprende a andar, a falar e a refinar seus sentidos e movimentos.

A argila é um excelente material natural para proporcionar às crianças suas primeiras experiências plásticas. Sua flexibilidade e maleabilidade permitem explorar diversas formas e ideias. Um ambiente acolhedor, aliado a uma postura orientada pelo educador – que não espera da criança um resultado ou um “produto” pronto – favorece o processo de exploração, permitindo a manipulação livre e a percepção sensorial completa.

​ Habilidades que podem ser desenvolvidas com o uso da argila:
 

  • Sensorial: tato, visão, olfato e, dependendo da qualidade da argila, paladar;

  • Motora ampla: movimentos amplos e fortalecimento da musculatura;

  • Motora fina: movimentos de pinça e coordenação olho-mão, fundamentais para atividades posteriores, como escrever, desenhar e manipular objetos;

  • Emocional: expressão de sentimentos e sensibilidades;

  • Cognitiva: concentração, persistência e criatividade;

  • Linguagem: comunicação verbal e não verbal;

  • Social: interação com outras crianças e adultos.

 Para crianças de até cinco anos, não é recomendável disponibilizar formas de modelagem   ou moldes, pois eles podem limitar a possibilidade de descoberta. Nessa fase, o foco deve   ser a alegria da recreação e as criações devem refletir a própria imaginação das crianças.

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Edilene Florentino Jäger

Jornalista e educadora, com especialização no desenvolvimento infantil de zero a três anos de idade. Desde 2006 integrando equipes pedagógicas de instituições de educação infantil, na Alemanha.

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