Marcos de Desenvolvimento Infantil
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Os primeiros 72 meses da criança, sob a lente de dois precursores






O desenvolvimento do seu filho é, desde o primeiro dia, um evento individual que não segue um padrão pré-determinado. Talvez ele aprenda aos 8 meses, talvez aos 18 meses - ambos são normais. Sobre isso foram estabelecidos marcos no desenvolvimento. Seu filho se adaptará à sua personalidade e ao seu estilo de vida. A "imitação" lhe permite participar, porque ele só quer uma coisa: pertencer e participar da vida humana. Sua herança genética, seu comportamento aprendido e sua evolução individual o ajudam a se tornar uma personalidade única.
(Dr. Richard Michaelis)
A citação acima retrata o desenvolvimento de uma criança pelo olhar do pediatra e professor alemão Dr. Richard Michaelis (1931-2017), considerado pioneiro da neurologia infantil. Ele foi fundador e, por muitos anos, diretor médico do Departamento de Neuropediatria, Neurologia do Desenvolvimento e Pediatria Social da Universidade de Tübingen, Alemanha, onde, antes do surgimento de centros pediátricos sociais, esteve comprometido não apenas com sintomas neurológicos, mas também com o desenvolvimento motor e mental, ao diagnosticar padrões cerebrais da infância. Era requisitado internacionalmente como palestrante, além de ter escrito vários livros especializados e guias populares para os pais.
"Die ersten fünf Jahre im Leben eines Kindes", título do livro que numa tradução livre para o português seria "Os primeiros cinco anos na vida de uma criança", foi escrito, por exemplo, com a intenção de apresentar o desenvolvimento inicial das crianças, de uma perspectiva diferente da que normalmente era observada. O trabalho do Dr. Michaelis inspirou muitos profissionais da saúde infantil e orienta pais que se interessam em saber se seus filhos estão se desenvolvendo normalmente em todas as áreas ou se ocorre atraso em algumas delas.
Os "Marcos divisórios de desenvolvimento" (Grenzsteine der Entwicklung), elaborados e teoricamente justificados pelo Dr. Michaelis, em 2004, são particularmente adequados a esse propósito. Já na década de 1990 ele se ocupava do dilema da identificação precoce e a abordagem de anomalias relevantes à evolução infantil, principalmente no caso da avaliação por pediatras. Esses marcos deixam em aberto quais etapas anteriores foram usadas para atingir uma meta de amadurecimento específica, também não pressupõem um processo “passo a passo”. Simplesmente, determina a idade em que um determinado objetivo de desenvolvimento deve ser alcançado, mesmo por crianças que estejam se desenvolvendo lentamente, de forma típica.
A maioria das tabelas, na época, indicavam o desenvolvimento infantil em etapas. “Se assim o fosse - argumentou o médico - não seria possível fornecer prazos válidos para cada criança em relação aos estágios individuais“. Todavia, no entendimento dele, algumas informações sobre o uso das tabelas de marcos divisórios ainda eram necessárias. Por conseguinte, demonstrou, com estudo de casos e gráficos, como os caminhos ocorrem de modo individual, bastante variável e adaptativo. É fato - considerava - que o desenvolvimento infantil depende da cultura, pois a criança se adapta às condições de vida em que nasce. Assim, atestou que as crianças que cresciam na Alemanha e desenvolviam-se sem particularidades perceptíveis, faziam-no em cada etapa individual do desenvolvimento dentro de um período de tempo bastante amplo.

Dr. Richard Michaelis (1931 - 2017)

Autor do maior estudo longitudinal infantil
O suíço Remo H. Largo (1943 - 2020) foi outra personalidade que ajudou milhões de pais a encontrarem seu caminho. Professor de pediatria até se aposentar, em 2005, chefiou por quase três décadas o Departamento de Crescimento e Desenvolvimento do Hospital Infantil de Zurique, na Suíça, onde conduziu o mais importante estudo de longo prazo sobre desenvolvimento infantil nos países de língua alemã, nos anos 80. Na época, o seu conceito de marcos individuais (Meilensteine) foi difundido e aceito como uma diretriz, da qual se derivaram várias intervenções diagnósticas e terapêuticas.
Especialmente em sua obra-padrão Babyjahre (Anos do Bebê), Dr. Remo H. Largo descreve o desenvolvimento infantil nos primeiros quatro anos de vida e a diversidade do comportamento das crianças. Babyjahre, Kinderjahre (Anos da Infância), Schülerjahre (Anos Escolares), entre outros de sua autoria, são longsellers (integram a lista dos livros mais vendidos, por longo tempo) e clássicos da literatura educacional. Ele foi também reconhecido como um dos primeiros a priorizar uma relação de confiança, afetiva, em detrimento da autoridade, na criação dos filhos.
Dr. Remo H. Largo (1943 - 2020)
Tive o prazer de conhecê-lo em 2011, no 12° Congresso para Educação e Instrução, realizado na Universidade de Göttingen, na Alemanha, quando o Dr. Karl Gebauer, também professor, escritor e um dos organizadores do evento, falou publicamente da alegria em tê-lo presente depois de esperar por tantos anos. Em sua palestra, Remo H. Largo expôs o seu ponto de vista, de que nenhuma criança deixa de fazer algo para si mesma por falta de vontade ou por ter quem o faça, mas sim pelo fato de ainda não ter adquirido a habilidade necessária. Disse também que, depois de ter atendido mais de duas mil crianças, nunca tinha conhecido uma sequer que não desejasse se tornar independente.
Segundo ele, educadores tinham ideias muito diferentes sobre como educar. "Para alguns, essa tarefa poderia significar apoiar a criança no desenvolvimento das suas capacidades e ensiná-la a adquirir habilidades e conhecimentos; para outros, significava, acima de tudo, ensinar regras e valores do convívio social e, assim, torná-la um ser social capaz de se afirmar na comunidade. Educação significaria ainda, para a maioria, orientar e dar ordens à criança." Dr. Remo H. Largo acreditava que, independentemente do estilo adotado, nenhuma mãe, nenhum pai poderia evitar a obediência: "Mesmo os mais experientes não conseguem evitar o estabecimento de limites para os filhos. Além do estilo, a idade e a personalidade da criança desempenham um papel de extrema importância".
Há crianças que são, por natureza, mais fáceis de orientar e mais propensas a atender a pedidos do que outras. A importância que os pais atribuem à obediência na criação dos filhos é influenciada por muitos fatores. Além das expectativas sociais, as conversas com parentes e amigos, os livros e a televisão desempenham um papel importante. Somam-se a isso as experiências e os valores que os pais tiveram com seus pais quando crianças e que eles internalizaram - em grande parte, inconscientemente. (Dr. Remo H. Largo)
Marcos divisórios e marcos individuais: diferenças
Os marcos de desenvolvimento (Meilensteine), que se tornaram "a marca registrada" do Dr. Remo Largo, indicam a média de casos (50%) em que uma determinada etapa do desenvolvimento foi atingida. Um marco individual é o ponto no tempo em que a criança completou, pela primeira vez, uma etapa específica, como começar a andar. É fato que fases podem ser "puladas" - estudos mostram que cerca de 15% das crianças não engatinham, mas apresentam formas especiais de desenvolvimento, como sentar e deslizar (variante chamada de "arrastar"). No entanto, os estudos longitudinais de Zurique, em que mais de 900 crianças, desde o nascimento até a idade adulta, tiveram seu desenvovimento documentado de acordo com critérios definidos, provou que o desenvolvimento é realizado em uma ordem geneticamente dada para cada criança. Assim, aprender a sentar-se viria antes de aprender a andar, embora, individualmente, seja muito diferente em que mês uma criança começa a correr (o tempo), e se a criança é mais contida ou corre com entusiasmo (a manifestação dessa característica).
Com base em sua experiência científica e clínica, Remo H. Largo desenvolveu o Fit-Prinzip (princípio do ajuste), mostrando que este é válido para crianças e adultos: “... o princípio se aplica tanto à bactéria quanto aos seres humanos. Cada ser vivo é único e tenta encontrar o mais alto acordo possível com seu ambiente. Para ele, ficou claro que os pais e especialistas em educação na creche, no jardim de infância e na escola só poderiam atender à individualidade das crianças se soubessem sobre suas necessidades básicas (como a necessidade de segurança), bem como de suas competências individuais (linguística, motora, social etc.). Além disso, ele processou as descobertas científicas sobre o desenvolvimento das crianças de modo que fossem compreensíveis para os pais, que foram convidados a acompanhar o desenvolvimento de seus filhos com serenidade – orientados para o ritmo de desenvolvimento e perfil de talentos. Ele não queria ensinar os pais, não lhes dar conselhos. Ele estava interessado em tornar os pais “competentes e independentes”. (FUERKINDER.ORG, 2020).
Os marcos de desenvolvimento (Grenzsteine), estabelecidos pelo Dr. Richard Michaelis, por sua vez, devem ser diferenciados desse mérito. Um marco divisório estabelece o ponto, no tempo, em que quase todas as crianças (por exemplo, 90%) atingiram um determinado estágio de desenvolvimento. Especificamente: aos 18 meses de idade, 90% de todas as crianças conseguem andar livremente. Esta idade é, portanto, um marco importante para a locomoção precoce. Os marcos divisórios definem uma certa idade em que a maioria atingiu um determinado objetivo de desenvolvimento. Os marcadores são uma espécie de sistema de alerta precoce e fornecem indicações de que investigações diagnósticas adicionais devem ser realizadas. (SPRINGERMEDIZIN.DE, 2022)
O conhecimento abrangente dos marcos divisórios é de extrema importância na formação da especialidade pediatria, pois diariamente pais levam filhos para serem consultados, os comparam com outros e indagam se o desenvolvimento segue um curso normal. De mais a mais, as crianças são regularmente avaliadas no contexto de exames preventivos, que revelam o estado de desenvolvimento em diversas áreas. Na prática diária, o conceito foi introduzido em 2013, por meio da publicação de tabelas e formulários, como um instrumento válido e viável para fornecer, a profissionais de diferentes áreas, observações sistemáticas sobre o desenvolvimento da criança.
Visão geral dos marcos divisórios de desenvovimento (Grenzsteine der Entwicklung), do Dr. Michaelis. Indicadores destacados em vermelho foram revisados e complementados pela médica especialista em pediatria e neurologia do desenvolvimento Renate Berger, com o apoio de membros da equipe do Dr. Michaelis:
Desenvolvimento das habilidades motoras do corpo (também conhecido como motor grosso)
3 meses
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Na posição prona (de barriga para baixo), a criança levanta a cabeça, apoiando-se levemente nos antebraços;
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na maior parte das vezes, em repouso e em movimento ao mesmo tempo, de modo proporcional, mas também mudando a postura e movimentos de braços e pernas.
6 meses
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Na posição supina (de barriga para cima), criança em estado de vigília, em repouso e em movimento, geralmente de modo proporcional, porém com mudança de postura e movimentos de braços e pernas. (Versão 2025)
Nota da redatora: outros autores chamam a atenção para o fato de a cabeça do bebê ser muito maleável, o que pode levá-la a sofrer deformidades, principalmente devido à posição em que fica durante longos períodos. Por vezes, ao contemplar a criança, os pais acham que um lado da cabeça do bebê parece diferente do outro ou que ela estaria "amassada" - isso ocorre quando existe algum desalinhamento em alguma parte do crânio).
-
na posição prona, a criança levanta a cabeça, apoiando-se na parte frontal dos antebraços; mãos abertas; (Versão 2025)
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olha, quando um objeto se movimenta na frente de seu campo de visão.
9 meses
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Senta-se livremente, sem apoio ou sem se aparar com as mãos; (Versão 2025)
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gira-se, independentemente, da posição supina para a posição prona e vice-versa. (Versão 2025)
12 meses
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Locomoção bem coordenada no chão (rasteja e/ou engatinha e/ou caminha como um urso); (Versão 2025)
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segurando-se (na parede, em móveis) tem êxito ao ficar em pé e dar alguns passinhos. (Versão 2025)
15 meses
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Anda, agarrando-se;
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senta-se sozinho, vindo da posição supina ou prona.
18 meses
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Anda livremente, sem limite de tempo (para ganhar equilíbrio ainda é permitido: pernas um tanto afastadas, não totalmente eretas; braços um tanto abertos);
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pode pegar objetos no chão, flexionando-se ou agachando-se, sem perder o equilíbrio.
24 meses
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Domina escadas (coloca um pé de cada vez no degrau), segurando-se no corrimão ou na mão de um adulto;
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corre com equilíbrio seguro; obstáculos são contornados. (Versão 2025)
36 meses
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É possível descer do degrau inferior da escada, usando as duas pernas e mantendo o equilíbrio, com segurança; (Versão 2025)
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corre com visível balanço dos braços, desvia-se de obstáculos; para repentina e rapidamente, sem comprometer o equilíbrio. (Versão 2025)
48 meses
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Triciclos ou veículos similares são movidos com propósito e segurança; a criança pedala e dirige ao mesmo tempo, contornando obstáculos habilmente;
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é possível subir escadas com degraus alternados, sem se segurar.
60 meses
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Fica em pé, com segurança, sobre a perna esquerda ou direita por cerca de 10 segundos; (Versão 2025)
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bolas maiores (diâmetro de cerca de 20 cm) lançadas a uma distância de cerca de 2 metros podem ser rebatidas, seguramente, com ajuda das mãos, braços e corpo.
72 meses
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É possível subir e descer escadas, com segurança, sem precisar usar as mãos, apenas trocando as pernas;
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pula suave e seguramente, com a perna direita e esquerda, de 8 a 10 vezes;
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pega bola (aproximadamente do tamanho de uma bola de futebol) com as duas mãos, com firmeza, e arremessa com precisão.
Desenvolvimento das habilidades motoras das mãos e dos dedos (também conhecido como motor fino)
3 meses
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Mãos e dedos da criança podem espontaneamente serem colocados em cima do peito.
6 meses
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Na posição supina (de barriga para cima), transfere ativamente um pequeno objeto de uma mão para a outra; (Versão 2025)
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pegada direcionada com adução do polegar e acentuado aperto de punho (punho radial); (Versão 2025)
Nota da redatora: é o movimento do polegar em direção ao dedo indicador a partir de uma posição abduzida. Os primeiros movimentos de pega – mesmo antes da pegada da pinça – são o de punho (quando o bebê agarra com toda a palma da mão), o de punho radial (deslocamento da alça no polegar), a pegada de tesoura, a pegada de pinça incompleta e, finalmente, a pegada de pinça completa.
9 meses
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Pegada de tesoura: pequenos objetos são segurados entre o polegar estendido e o dedo indicador mais ou menos estendido; (Versão 2025)
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pegada direcionada com toda a mão direita e esquerda (aperto de punho). (Versão 2025)
12 meses
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Apanha intencionalmente pequenos objetos, com movimento de pinça incompleto (com o polegar e o indicador flexionados, ainda não com as pontas dos dedos); (Versão 2025)
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Apanha objetos, intencionalmente, com os dedos das mãos direita e esquerda. (Versão 2025)
15 meses
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Pode agarrar pequenos objetos, fiapos, fios, grãos com as pontas do polegar e do dedo indicador;
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pode colocar dois blocos (comprimento de borda com cerca de 2 a 3 cm), um em cima do outro, quando lhe é pedido.
18 meses
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Movimento/pegada de pinça preciso; (Versão 2025)
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objetos segurados com a mão são cedidos, mediante solicitação. (Versão 2025)
24 meses
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Segura o lápis de pintar com o punho fechado ou como se "pega um pincel" (com os primeiros três dedos); (Versão 2025)
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consegue desembrulhar balas/pequenos objetos embrulhados. (Versão 2025)
36 meses
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Páginas de livros finos ou jornais são cuidadosamente viradas, uma de cada vez;
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utiliza uma pegada segura, com a ponta de três dedos (polegar, indicador e dedo médio), para manipular pequenos objetos, de forma precisa. (Versão 2025)
48 meses
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Segura corretamente o lápis de pintura ou desenho, com as pontas dos três primeiros dedos;
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"homenzinhos" (figura constituída por pernas e estrutura semelhante à de uma cabeça), até mesmo objetos como casas, árvores, flores e carros podem ser desenhados/pintados, embora muitas vezes de forma um tanto desajeitada e incompleta.
60 meses
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Com uma tesoura infantil, pode cortar quase exatamente uma linha reta no papel;
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letras individuais, números ou o próprio nome podem ser escritos em letras maiúsculas (ainda que de trás para frente, é permitido).
72 meses
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Objetos como casas, árvores, "homenzinhos" e carros podem ser pintados de maneira reconhecível;
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a criança consegue fazer artesanato com dobradura, corte, colagem e até mesmo com fita adesiva;
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a caneta de desenho/escrita repousa no dedo médio, guiada pelo polegar e pelo indicador (pegada escolar normal).
Desenvolvimento da consciência corporal (esse tópico consta apenas da versão atualizada - 2025)
72 meses
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Partes menores do corpo podem, mediante perguntas de terceiros, serem mostradas e nomeadas: dedos, dentes, nariz, orelhas, queixo, joelhos, cotovelos;
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é também seguramente possível que faça distinção entre direita e esquerda, quando indagada: onde está a orelha direita? Onde está a perna esquerda? Qual é a mão direita, qual é a mão esquerda?
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consegue balançar e equilibrar-se (por exemplo, em um parquinho infantil, em paredes, em troncos de árvores caídos no bosque), com segurança e sem medo.
Desenvolvimento da linguagem e da fala
3 meses
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A criança tem choro diferenciado, que expressa claramente diferentes necessidades (fome, desconforto, dor);
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emite sons sem movimentos labiais significativos.
6 meses
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Fonação espontânea, monológica, variada, sem sons envolvendo fechamento completo dos lábios; (Versão 2025)
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som dialógico (Babydialog): quando abordada de maneira amigável, responde com vocalização própria. (Versão 2025)
9 meses
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Vocalização espontânea, de cadeias silábicas mais longas, predominantemente com vogais "a"/"e" e sons com fechamento labial (ba-ba-ba-ba ou da-da-da-da, entre outras sequências); (Versão 2025)
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sons pré-verbais dialógicos, quando abordada de maneira amigável.(Versão 2025)
Nota da redatora: antes de falar as primeiras palavras, a criança desenvolve a linguagem pré-verbal - formas de comunicação que antecedem a fala e que são essenciais para o desenvolvimento da linguagem. A ausência ou pouco desenvolvimento dessa habilidade sinaliza que pode existir dificuldade na aquisição da linguagem.
12 meses
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Duplicações de sílabas claramente articuladas, como ga-ga, ba-ba, da-da, entre outras; (Versão 2025)
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sons e ruídos familiares ouvidos, e até mesmo sílabas faladas, são imitadas.
15 meses
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Conversa animada, espontânea e dialógica.
18 meses
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Produção sonora animada, conversa dialógica com a pessoa de apego;
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"mama", "papa" e pelo menos mais 1 ou 2 outras palavras, especificamente (ainda que em linguagem simbólica, por exemplo: au-au, nam-nam, ei ou outras expressões).
24 meses
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formula frase de uma palavra (ao lado de "mamãe" e "papai" mais 20 palavras diferentes);( Versão 2025)
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frase de duas palavras, como por exemplo "Mamãe vem", são pronunciadas claramente. (Versão 2025)
36 meses
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formula frase de 3 a 5 palavras (combinando nomes, verbos auxiliares, preposições, adjetivos); (Versão 2025)
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pronúncia fluente, sem falha perceptível. (Versão 2025)
48 meses
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Pequenos eventos/histórias são relatados em uma ordem cronológica e lógica amplamente correta, geralmente com conexões do tipo "...e então...e então";
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pronúncia discreta (típica) e fluente.
60 meses
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Reproduz, com frases simples, curtas, porém gramaticalmente corretas, eventos/histórias, na ordem cronológica e lógica corretas;
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pronúncia discreta (típica) e fluente.
72 meses
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fala frases com estruturas gramaticais corretas, até mesmo pequenas orações subordinadas são dominadas com confiança;
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experiências/eventos são relatados, fluentemente, na ordem cronológica e lógica correta e, muitas vezes, comentadas espontaneamente, por vontade própria;
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pronúncia discreta (típica) e fluente de todas as vogais e consoantes, incluindo r, s, ch.
Desenvolvimento cognitivo (capacidade de absorver conhecimento)
3 meses
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Pequenos objetos coloridos, brinquedo, lentamente movidos à frente do seu rosto, são seguidos com os olhos, pela criança, mesmo que brevemente e apenas a uma curta distância.
6 meses
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Objetos, brinquedos são agarrados com as duas mãos, colocados na boca, roídos; (Versão 2025)
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objetos que se movem lentamente no seu campo de visão são seguidos atentamente e com olhos paralelos. (Versão 2025)
9 meses
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Conhece bem as rotinas diárias (esquemas para comer, tomar banho, ser trocado, sair de casa) e pequenas brincadeiras compartilhadas (brincar de cavalinho, esconde-esconde), demonstra expectativas e gosta de participar; (Versão 2025)
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pequenos objetos/brinquedos são alternadamente apanhados, cuidadosamente tocados, com um ou mais dedos, e suas qualidades são cuidadosamente testadas, ocasionalmente também com os lábios ou a boca; (Versão 2025)
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dá preferência a determinado brinquedo, estende a mão para apanhá-lo;
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imita pequenos gestos e expressões faciais, como tchau-tchau.
12 meses
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Brinquedo/objeto coberto diante dos olhos da criança, com um pano, é descoberto novamente por ela, ao puxar o pano; (Versão 2025)
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imita pequenos gestos e expressões faciais (por exemplo: aceno, frases de canções infantis/parlendas; sopra ao apagar velas ou flores, como dente-de-leão); (Versão 2025)
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pessoa de apego e criança aprendem juntos (versos infantis, comportamento desejado: “assim não!” ou “isso mesmo!”; habilidades motoras das mãos e dos dedos).
15 meses
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Testa objetos e brinquedos em sua forma mais simples: batendo um no outro, sacudindo-os, enfileirando-os, acoplando-os;
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sabe que humanos, animais e plantas são seres vivos que se comportam de maneira diferente dos objetos.
18 meses
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Brinca consigo mesma, de troca de papéis, imitando brincadeiras como alimentar, trocar fraldas, ir para a cama, entre outras, com bonecas/bichos de pelúcia; (Versão 2025)
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quando questionada, a criança aponta para objetos, animais, plantas, atividades conhecidas, em um livro ilustrado. (Versão 2025)
24 meses
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Empilha blocos de construção ou similares (pelo menos três); (Versão 2025)
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concentrada, arruma/ desarruma (brinquedo/objetos), em recipientes ou gavetas, acima de cerca 10 minutos; paralelamente observa com cuidado e toca os objetos, individualmente. (Versão 2025)
36 meses
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Pinta e rabisca, mesmo que o desenho ainda tenha poucos elementos ou seja pouco preenchido; quando questionada, a criança comenta sobre quem ou sobre o que ela pinta ou teria pintado; (Versão 2025)
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brincadeiras, de forma concentrada e intensiva, por pelo menos 30 minutos com bonecas, carros, blocos de montar, Lego, Playmobil, entre outros. (Versão 2025)
48 meses
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Faz muitas perguntas com pronomes interrogativos que, no idioma alemāo, começam com a letra "W" (W-Fragen) e, na língua portuguesa, estão centradas naa letra "Q": quem, o que, por que, quando, onde, etc.; (Versão 2025)
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objetos idênticos, de tamanhos diferentes, podem ser distinguidos e nomeados (por exemplo: tomates grandes e pequenos, blocos de construção grandes e pequenos). (Versão 2025)
60 meses
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Reconhece e nomeia cores primárias (azul, verde, vermelho, amarelo, preto, branco);
Nota da redatora: tradicionalmente chamadas de primárias, por serem formadas sem a mistura de outras cores, o azul, vermelho e amarelo são também conhecidos como “cores puras”. As demais, formadas a partir da união de duas delas, são conhecidas como cores secundárias.Sabe-se hoje que essa não é a melhor tríade para reproduzir a mistura de cores em todos os casos. Como as cores existem em função da luz, foi elaborado um sistema composto pelas “aditivas” (as cores primárias da luz: vermelho, verde e azul, cuja soma resulta na luz branca) e "subtrativas" (as cores primárias amarelo, magenta e ciano, cuja mistura resulta no preto, ou seja, na ausência de luz). A síntese aditiva, conhecida como sistema RGB (do inglês red, green e blue), é bastante utilizada em equipamentos eletrônicos, cujas telas transmitem imagem; enquanto a síntese subtrativa, também chamada de sistema CMYK (do inglês cyan, magenta, yellow - a letra K representa o preto) é geralmente utilizado na indústria gráfica. (LAURA AIDAR).
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conhece termos genéricos: animais, plantas, alimentos, roupas, veículos, estações do ano (estes podem, por exemplo, serem indagados com o uso de livro ilustrado);
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interpretação intensiva de papéis, disfarces, transformações em animais, heróis, modelos, também com outras crianças (segue orientações de roteiros);
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construção tridimensional, com e sem modelos, é possível;
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pinta e desenha imagens e cenas claramente reconhecíveis.
72 meses
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Círculo, triângulo e quadrado são reconhecidos e nomeados (pré-desenhados ou mostrados como um modelo/estêncil);
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brinca construtivamente com Lego ou outros elementos semelhantes, mas também seguindo modelos;
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pinta "homenzinho": cabeça e tronco separadamente, cabeça com olhos, nariz, boca, tronco com braços, mãos, dedos, pernas com dedos, embora ainda pouco diferenciados ou apenas sugeridos.
Desenvolvimento da competência social
3 meses
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A criança sorri para rostos conhecidos e desconhecidos.
Nota da redatora: é o chamado sorriso social.
6 meses
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Mantém contato visual estável, não apenas momentâneo; (Versão 2025)
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sorri para os rostos amigáveis de pessoas conhecidas e desconhecidas. (Versão 2025)
9 meses
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Distingue entre pessoas conhecidas e desconhecidas; muitas vezes sem expressar "reação estranha" com desconhecidos, mas ainda com certa reserva; (Versão 2025)
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alegra-se com a presença de outras crianças. (Versão 2025)
12 meses
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Inicia, por si mesmo, contato com pessoas de apego, prossegue e termina o contato; (Versão 2025)
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aponta com o dedo indicador ou olha para brinquedos, pessoas, animais, a fim de compartilhar um interesse comum, com a pessoa de apego (triangulação). (Versão 2025)
15 meses
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Em interação com a pessoa de apego, com entusiasmo e persistência, brinca de rimar (rimas infantis curtas) usando as mãos e dedos;
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tem comportamento positivo ou negativo, proposital e conscientemente, na tentativa de influenciar ou mudar o comportamento da pessoa de apego.
18 meses
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Interessa-se pela brincadeira de outras crianças; nenhuma brincadeira comunicativa ainda em conjunto, mas brincadeiras paralelas, ficando a criança ao lado da outra; (Versão 2025)
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entende "não" e o segue, na maioria das vezes. (Versão 2025)
24 meses
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Puxando pela mão ou pela roupa, tenta mover a pessoa de apego para o local onde gostaria de ir; (Versão 2025)
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busca troca ativa e comunicativa com outras crianças. (Versão 2025)
36 meses
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Brinca com outras crianças por pelo menos 20 minutos, comunicando-se com palavras e troca de objetos; (Versão 2025)
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gosta de ajudar, tanto quanto possível, nas tarefas domésticas. (Versão 2025)
48 meses
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Entende as regras do jogo, inclusive que outras crianças que participam também têm sua vez; (Versão 2025)
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adapta-se adequadamente ao grupo de crianças que conhece ou de que faz parte; tenta não dominar, nem recusar ou isolar-se. (Versão 2025)
60 meses
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A criança pode ter brinquedos, doces etc., e compartilhá-los de forma justa entre ela e outros;
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convida outras crianças para sua casa (por exemplo, para uma festa de aniversário infantil); ela própria é convidada. (Versão 2025)
72 meses
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Brinca, com outras crianças, em diferentes encenações (dramatização); assume o "roteiro" de seu papel (por exemplo, ladrão e policial, família, reencenação de uma experiência, uma história);
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com diversão e entusiasmo, participa de brincadeiras de roda, competições e corridas;
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tem por um tempo (pelo menos por algumas semanas) um melhor amigo/uma melhor amiga.
Desenvolvimento da competência emocional
3 meses
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Gritos incontroláveis (desconforto, desapontamento, expectativa);
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a criança alegra-se ao receber atenção, responde "dialogicamente";
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em situações estressantes do dia a dia, deixa-se acalmar por volta de dez minutos.
6 meses
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Responde com vocalizações, contato visual, expressões faciais animadas, movimentos de braços, pernas e rosto a olhares e abordagens amigáveis de pessoas conhecidas; (Versão 2025)
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crises de choro apenas ocasionais, durante as quais pode ser acalmada em 10 a 20 minutos sendo carregada, conversando-se com ela, cantando baixinho ou balançando-a. (Versão 2025)
9 meses
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Na maior parte das vezes, emocionalmente compensada, equilibrada; (Versão 2025)
Nota da redatora: da perspectiva da criança, é quando ela tem suas necessidades satisfeitas.
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durante certas rotinas diárias ("roteiros"), reage com alegria ou relutância, por exemplo, à mamadeira, à troca de fraldas, a ir para a cama. (Versão 2025)
12 meses
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Alegra-se com contato social, toque, afago, caricias, aconchego; (Versão 2025)
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a separação da pessoa de apego (por exemplo, a mãe vai às compras) é tolerada ou percebida emocionalmente de forma negativa (decepção, choro, incerteza, gritos), embora a criança fique sob o cuidado de pessoa conhecida enquanto isso. (Versão 2025)
15 meses
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Percebe a separação da mãe, reage decepcionada, mas nem sempre com gritos ou protestos.
Nota da redatora: Nesse contexto, um objeto transicional – termo criado por D. W. Winnicott – pode assumir função especial para a criança, uma função de segurança: seja um bicho de pelúcia, um pedaço de tecido, um cobertor de conforto. A mãe entrega o objeto ao filho para confortá-lo, percebendo que ele sofre com sua ausência, por exemplo, em período de adaptação da criança em instituição ou ao novo cuidador. A criança, então, passa a segurar o objeto o tempo inteiro, que acaba sendo levado para todos os lugares, inclusive para dormir. Se perde o objeto, parece desesperada e inconsolável. Segundo Winnicott, nos primeiros meses de vida, o bebê não tem consciência de que o objeto e a mãe são pessoas diferentes.
18 meses
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A criança pode se separar da pessoa de apego por uma ou duas horas, se ficar sob os cuidados de uma pessoa bem conhecida dela (por exemplo, babá); (Versão 2025)
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assegura-se, em novas situações e atividades, com repetidos contatos visuais (olhadelas) para a pessoa de apego, se o que está fazendo é aprovado ou desaprovado. (Versão 2025)
24 meses
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deixa-se acalmar, na maioria das vezes dentro de 3 a 5 minutos, em aborrecimentos diários; (Versão 2025)
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consegue se ocupar sozinha, por cerca de 15 a 20 minutos, sabendo que a mãe se encontra por perto (em outro cômodo, na cozinha), mas sem ser visível. (Versão 2025)
36 meses
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pode ficar, por algumas horas, na dependência de pessoas conhecidas, sem a presença da pessoa de apego (mesmo fora da sua casa); (Versão 2025)
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em ocasiões felizes, a criança mostra sua alegria com expressões faciais e movimentos animados; quando aborrecida, também expressões corporais e faciais correspondentes. (Versão 2025)
48 meses
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Na maior parte, equilibrada emocionalmente, na rotina diária; nenhuma hiperatividade excessiva persistente; nenhum comportamento desafiador (birras) ou recusa chamativa e/ou persistente; (Versão 2025)
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pode ocasionalmente passar a noite fora de casa, com família bem conhecida. (Versão 2025)
60 meses
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O contato físico, próximo com a figura de apego ainda é desejado e procurado, em momentos de luto, cansaço, exaustão, doença ou estresse; (Versão 2025)
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consegue relatar experiências e eventos embaraçosos, frustrantes e desagradáveis.
72 meses
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A criança pode ficar separada da pessoa de apego/educador por vários dias, se for cuidada por pessoas conhecidas e que ela aceite, durante esse período;
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geralmente consegue regular suas emoções positivas e negativas em eventos cotidianos; demonstra certa tolerância mesmo diante de grandes decepções;
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tenta compreender as emoções positivas ou negativas de outra criança ou pessoa (empatia); alegra-se com elas ou tenta ajudá-las ou confortá-las (Teoria da mente).
Desenvolvimento do "Eu" (Autopercepção)
3 meses
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Sente-se bem quando é carregado ou embalado, pois recebe afeição.
6 meses
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A criança volta toda a sua atenção para as atividades visíveis e audíveis, que ocorrem, em seu ambiente, no imediato momento; (Versão 2025)
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carregada no colo, aproveita ativamente sua posição ereta para ter uma visão geral do seu ambiente mais próximo. (Versão 2025)
9 meses
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Apresenta características individuais que precisam ser observadas, como: estar muito quieta, muito animada, muito alerta visualmente, muito voltada para as pessoas, bastante reservada, come muito/não tem apetite; dorme bem/dorme mal. (Versão 2025)
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adora se envolver, participar da vida familiar, estar com outras pessoas com quem criou vínculos, com cuidadores, em grupos de recreação, creches. (Versão 2025)
12 meses
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Gosta de se olhar no espelho, sem ainda se reconhecer; (Versão 2025)
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aprendeu que, com seu comportamento, pode mudar o comportamento da pessoa de apego; tenta, por meio de charme ou resistência, conseguir o que deseja. (Versão 2025)
15 meses
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Usa conscientemente seu charme para chamar atenção para si ou para alcançar algo.
18 meses
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Gosta de olhar no espelho, pode se reconhecer ou não ainda; (Versão 2025)
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consegue expressar sua própria vontade, verbalmente com "não" ou "sim" ou gestos e/ou expressões faciais correspondentes. (Versão 2025)
24 meses
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Se reconhece em um espelho; (Versão 2025)
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recusa ajuda, veementemente, embora ainda não consiga dominar a atividade pretendida; quer tentar por si mesma. (Versão 2025)
36 meses
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Chama a si pelo seu primeiro nome ou nome próprio; (Versão 2025)
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se reconhece em fotos, imagens, filmes. (Versão 2025)
48 meses
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Sabe se é menino ou menina, no entanto, nem sempre mostra comportamento específico de gênero (por exemplo, em brincadeiras de troca de papéis); (Versão 2025)
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refere-se a si mesma com "eu"; utiliza dois outros pronomes pessoais, como você, ela e ele. (Versão 2025)
60 meses
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Sabe que é uma menina ou um menino e demonstra isso em seu comportamento;(Versão 2025)
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tem autoconfiança (por exemplo, gosta de atender telefonemas; gosta de falar sobre si mesmo e suas próprias qualidades, justifica e defende suas próprias opiniões). (Versão 2025)
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envergonha-se, se repreendida com razão;
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consegue dizer como se sente, no momento;
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seus estados emocionais e os de outras pessoas são percebidos e comentados.
72 meses
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Busca reconhecimento e aceitação dos colegas, quer pertencer ao grupo;
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pode desenvolver algo particularmente bem e cultiva essa habilidade; orgulha-se disso;
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alegra-se com a possibilidade de ir para escola, gostaria de ser um aluno e aprender ou já gosta de ir à escola.
Desenvolvimento da independência (Autonomia)
3 meses
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A criança não tem problemas com a ingestão de alimentos, suga fortemente e bebe de forma independente, com força.
6 meses
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Conhece os preparativos para ingestão de alimentos e segue com interesse visível e movimentos animados; (Versão 2025)
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sinaliza claramente desconforto quando está com fome, tédio, cansaço, fralda molhada. (Versão 2025)
9 meses
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Segura a mamadeira com as duas mãos mesmo quando está bebendo; gira a mamadeira automaticamente, quando o fluxo de leite não é ideal; (Versão 2025)
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tenta por iniciativa própria (sorrindo, fazendo barulhos), fazer contato e chamar a atenção de pessoas/crianças. (Versão 2025)
12 meses
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Experimentação contínua e positivamente motivada, de habilidades motoras adquiridas ou prestes a serem adquiridas; (Versão 2025)
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bebe, independentemente, muitas vezes com alguma ajuda, de um copo/taça.(Versão 2025)
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leva, de modo independente, pedaços de pão ou biscoito à boca, mastiga-os e come-os, parcialmente;
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tenta ajudar a se vestir/despir movendo a cabeça, os braços e as pernas.
15 meses
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Quer tentar se vestir/despir sozinho.
18 meses
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meias e/ou cobertura para a cabeça (boné/chapéu/touca) são removidos intencionalmente; (Versão 2025)
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pega/segura, independentemente, um copo cheio e bebe sem derramar. (Versão 2025)
24 meses
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come com colher, de modo independente, ainda nem sempre de modo perfeito; (Versão 2025)
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conhece interruptores de luz e dispositivos para ligar eletrodomésticos, que lhe são acessíveis, e cujo funcionamento imediato repete e quer testar, de novo, continuamente. (Versão 2025)
36 meses
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Consegue comer, independentemente, com colher e garfo;
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imita atividades típicas da sua pessoa de apego para si mesma e/ou em brincadeiras de trocas de papéis (dramatização).
48 meses
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Controle seguro da bexiga e do intestino durante o dia; (Versão 2025)
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pode se despir e se vestir sozinha, necessitando de assistência apenas ocasionalmente. (Versão 2025)
60 meses
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Controle completo da bexiga e do intestino; quando usa o banheiro, lida com as atividades sozinha;
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manuseio seguro de garfo e faca; prepara pão, cereais e bebidas;
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conhece o significado das cores vermelho e verde nos semáforos e geralmente também presta atenção a eles;
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lava-se e escova os dentes, de modo independente;
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veste-se sozinho, na grande parte das vezes;
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reconhece a parte da frente e de trás, das roupas, e observa ao vesti-las.
72 meses
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Lavar-se, tomar banho, pentear o cabelo e escovar os dentes são tarefas amplamente possíveis, sem precisar de ajuda;
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veste-se sozinho e calça os sapatos do lado certo;
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consegue superar sozinha caminhos conhecidos (ir para o jardim de infância, escola, vizinhos, e pequenas tarefas); atravessa ruas, independentemente, observando as regras de trânsito.
Visão geral dos marcos de desenvolvimento individuais (Meilensteine), do Dr. Remo H. Largo, nos primeiros 48 meses:
0–6 meses
sorri;
dorme a noite toda (6 - 8 horas);
vira de barriga para as costas;
ri;
agarra com as mãos;
come mingau.
6–12 meses
rasteja-se;
engatinha;
imita sons;
senta-se, livremente;
fica de pé;
faz movimento de pinça;
acena a alguém;
gugu-dada;
estranha desconhecidos.
12–24 meses
imita ações simples;
contempla livros ilustrados;
enche e esvazia recipientes;
constrói torres;
fala as primeiras palavras;
conhece partes do corpo, como olhos e boca.
anda;
fala "mama", "papa";
come junto com a família;
bebe, independentemente, de um copo.
24–36 meses
brinca com boneca;
brinca com Lego, blocos de blocos de construção;
usa o primeiro nome;
usa o pronome pessoal "eu";
formula frase de duas palavras;
dirige triciclo;
sobe escada sozinho;
desce escada sozinho;
come, sozinho, com uma colher;
veste roupas, independentemente;
despe roupas, independentemente.
36–48 meses
monta quebra-cabeças simples;
desenha pessoas de modo simples;
entende intrepretação de papéis;
fala com frases simples;
usa plural;
usa tempos verbais;
ouve histórias em CD;
anda de patinete;
anda de bicicleta com rodinhas ou bicicleta de equilíbrio.
Referência
MICHAELIS, R. Die ersten fünf Jahre im Leben eines Kindes: Wie sich ein Kind entwickelt - vom Baby bis zum Vorschulkind. Wie Sie das individuelle Entwicklungstempo erkennen. München: Knaur, 2006.
BERGER, Renate. Grenzsteine der Entwicklung nach Michaelis: Entwicklungsbeobachtung und -einschätzung von Kindern 0-6 Jahren. Version 2025, Manual. Überarbeitete und ergänzt Auflage. Freiburg im Breisgau: Verlag Herder, 2025.
PIONIER der Kinderneurologie - zum Tode von Professor Dr. Richard Michaelis ein Nachruf von Ingeborg Krägeloh-Mann. Newsletter Uni Tübingen aktuell Nr. 2, 2017: Leute. Disponível em: <https://uni-tuebingen.de/universitaet/aktuelles-und-publikationen/newsletter-uni-tuebingen-aktuell/2017/2/leute/4/>. Acesso em: 01 de maio.2025.
AIDAR, Laura. Cores Primárias. Toda Matéria [s.d.]. Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/cores-primarias/>. Acesso em: 07 de maio. 2025.
LARGO, Remo H. Babyjahre: Entwicklung und Erziehung in den ersten vier Jahren. München: Piper, 2010.
LARGO, Remo H. Kinderjahre: Die Individualität des Kindes als erzieherische Herausforderung. 21ª Edição. München: Piper, 2011.
JEDES Kind ist anders und einzigartig - Nachruf zu Remo H. Largo, Kinderarzt und Autor (Meilen- und Grenzsteine der Entwicklung - Was Kinderärztinnen und Kinderärzte wissen müssen verfasst von: Prof. Dr. med. Oskar Jenni. Erschienen in Monatsschrift Kinderheilkunde, Ausgabe 7/2022). Fuerkinder.org. [s.d.]. Disponível em: <https://fuerkinder.org/blog/jedes-kind-ist-anders-und-einzigartig/>. Acesso em: 01.05.2025.